terça-feira, 17 de julho de 2012

Inverno



Folhas secas flamejam em meus olhos. 
A chuva cai, purificando minha alma atormentada,
preenchendo meu vazio.
As lembranças são tudo o que me restaram.
Raios de sol desbotados refletem nas nuvens,
nasce um tom sangrento e agridoce.
Vozes distorcidas são tudo o que ouço.
Imagens borradas são tudo o que vejo.
Luzes alaranjadas destacam-se em ruas obscuras, enevoadas.
Faróis de carros iluminam a cidade. Incendeiam-na.
Perdida no tempo, fiquei.
Desde aquele momento, inigualável, extraordinário,
na qual me encontrei.
Para onde quer que eu olhe vejo quem sou, vejo você.